Meu desejo pra você

Toda essa coisa de final de ano me dá uma nostalgia infinita e um desejo gigante de desejar coisas boas à você, que tá lendo esse texto agora, ou que vai desistir de ler - e até pra mim mesma. Gosto de acreditar que pensamentos positivos atraem coisas boas para as nossas vidas sim. E mesmo que não seja cientificamente comprovado, eu ponho tanta fé nisso que acaba se firmando - talvez seja bobagem, mas por via das dúvidas, sempre espere o melhor!

Então, eu desejo (do fundo do coração) que você sinta. Que a gente sinta. Que a gente seja sensível o suficiente pra saber quando um amigo nos precisa, e oferecer um tantinho do nosso sorriso pra cativá-lo. Que a gente possa abrir mão de uma preciosa parte do nosso tempo para dividir com quem a gente diz se importar e se importar de verdade.

Que te dê uma vontade repentina de tomar um sorvete delicioso em uma padaria que fique lá do outro lado da cidade e, só por desejo, você corra até lá pra tomá-lo. E saboreie, e se mele. E aproveite a sua companhia e saiba se divertir sozinha. Que não tenha medo de ouvir os seus próprios medos e escute seus pensamentos. Que tome um banho de chuva e deixe-o levar toda a mágoa impregnada no seu coração. Que tome um banho de sol e pegue um bronze maravilhoso.

Eu te desejo amigos loucos, que te proponham uma viagem sem programação. Desejo que você encontre uma pessoa que faça seu coração bater mais forte, seja por dois meses, dois anos, ou até pelo resto da sua vida. Que você encontre dez reais, despretensiosamente, quando botar a mão no bolso do short e se sinta sortuda. Que você tenha uma crise de risos, daquelas de engasgar, ao lembrar de algum mico que pagou na semana passada.

Eu quero que você se perdoe, quando errar. Se aceite, quando precisar. E que não brigue tanto consigo mesma, nem com os outros. Seja flexível, não guarde - muito menos cultive - rancor. Seja madura o suficiente pra ignorar o que precisar ser ignorado, mas não se puna tanto caso tenha uma birrinha aqui ou ali. Que a gente possa aprender que os nossos defeitos também nos faz ser desse jeitinho que, bom ou ruim, a gente não troca por nenhum outro - e muito obrigada.

Mais do que tudo, eu desejo que você viva. E aproveite e ria e chore e bote pra fora e traga pra perto e ame. E se entregue mesmo no medo. E anseie pelo abraço. Que se sinta e que sinta o outro. Que entenda, que acolha, que deseje a presença e que seja desejada a sua também. E que daqui há 60 anos a gente ainda se sinta assim, e que possa contar sobre tudo o que viveu com gosto. Sem se arrepender de nadinha de nada - nem dos arrependimentos. Feliz 2015!