Teoria do valor agregado

Cada vez tenho mais convicção de que o valor que as pessoas agregam às coisas é inversamente proporcional a facilidade de possuí-las. Quanto mais difícil é conquistar o objeto de desejo, seja ele um pessoa ou um material, mais valor à ele é agregado. Depois de possuído, o objeto não tem mais tanto valor assim. E essa minha teoria explicaria muitas situações, como por exemplo a de um empregado que cresceu no trabalho e amou o novo emprego, mas seis meses adiante, o trabalho se torna o pior do mundo. Ou do garoto que tentou de todas as formas encantar sua amada menina e, quando finalmente estão namorando, ela não recebe a atenção merecida. 

Aí nos deparamos com duas possíveis situações: o ser humano por natureza é insatisfeito, as  oportunidades nunca são o suficiente para o seu ego e as pessoas acham que, por já terem obtido algo uma vez, não podem perdê-lo. Então, é bom sempre lembrar que, antes de possuir algo novo, seja aumento de salário ou uma nova amizade na faculdade, é preciso saber valorizar o salário antigo e o velho amigo que infância que mora na rua. É preciso alimentar as pontes que conectam à  pessoas e bens adquiridos, para que as relações sejam duradouras. Para que essas pontes não se desgastem, para que não seja necessário "perder para aprender a dar valor".