10.4.12

A liberdade que já tive


Sinto falta da liberdade que um dia ousei sentir. Infelizmente, ela a mim não será mais possível. Não enquanto eu senti que um muro nos separa, um muro que eu mesma criei. Um muro que criei sem ao menos a minha própria permissão. Queria voltar ao tempo em que eu não era apenas uma pessoa-máquina que fazia o que a sociedade obriga: trabalhar, estudar, relacionar-me com pessoas por propósitos, não mais por afinidades e nem por simplesmente me relacionar. 

Sinto falta do meus encontros com minha própria face, aos quais tenho chegado atrasada ou nem ao menos me dei explicações. Falta de mim mesma, de me sentir leve. Sim, me perdi em mim mesma, estagnei-me em meu tempo, em meu emaranhado de idéias tortas, mas que fazem de mim quem sou, o que nunca antes havia me incomodado. Mas agora, muito do que desejei já não faz sentido. Não me sinto satisfeita, mas nem ao menos sei o que me falta.

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